quarta-feira, 3 de maio de 2017

Cadê nossa civilidade?

Imagem: Créditos para Kit da mulher moderna, no Blog De noiva a mãe 
 http://denoivaamae.com maio/2013

Civilidade, de acordo com o dicionário Aurélio, significa "conjunto de formalidades observadas pelos cidadãos entre si em sinal de respeito mútuo e consideração".  É o respeito aos hábitos e costumes adotados por uma sociedade, objetivando o convívio respeitoso, cortês  e solidário entre os seus membros.

"(...) Sofremos de um mal na atualidade: a incivilidade. A toda hora, somos obrigados a testemunhar cenas de grosseria entre as pessoas, de falta de respeito pelo espaço que usamos e de absoluta carência de cortesia nas relações interpessoais. Os adultos perderam a vergonha de ofender publicamente e em alto e bom som, de transgredir as normas da vida comum por quaisquer razões. Parece mesmo que nossa vida segue um lema: cada um por si e, ao mesmo tempo, contra todos. 

Por isso, perdemos totalmente a sensibilidade pelo direito do outro: cada um de nós procura, desesperadamente, seus direitos, sua felicidade, seu poder de consumo, seu prazer, sem reconhecer o outro. E, claro, isso gera intolerância, discriminação, ameaça,¹ preconceito de todo tipo e consequentemente violência e falta de educação, respeito, uma total falta de civilidade e princípios..."

Para refletir sobre sua civilidade:

Não jogar lixo no chão. Tão básico e tão difícil ver no dia a dia...

Não usar do "jeitinho brasileiro" para levar vantagens. É lamentável e vergonhoso este tal jeitinho, em que nossos representantes políticos são destaque e muitas pessoas insistem em seguir... 

Respeitar as leis, regras e regulamentos seja onde for.(No trabalho, no condomínio, escola, clubes, trânsito, no país...)

Ser honesto e  íntegro. (Isto não é vantagem, é o básico!). Devolver o troco errado é o mínimo que se espera de alguém com ética. E justificar o erro, porque outros erram, é triste de ouvir... 

Cumprir os compromissos e acordos assumidos.

Ser pontual. Respeitar horários é um indicador de civilidade e respeito pelo próximo.

Ter boas maneiras, ser educado e gentil no trato com as pessoas.

Saber pedir por favor e desculpas quando cometer algum engano.

Ter auto controle e calma diante de uma situação adversa. Saber reclamar com respeito. 
Ter noção de direitos e sobretudo deveres.

Ser tolerante e respeitar a opinião e escolha dos outros seja pessoalmente ou virtualmente.

Não estacionar em vaga de deficiente ou idoso ou fora da demarcação prejudicando outras vagas.

Dar preferência às mulheres grávidas, idosos e pessoas com necessidades especiais.

Não furar fila, aguardar a sua vez.

Obedecer as leias de trânsito, seja como motorista ou pedestre. Não colocando a vida de ninguém em risco.²

Se observarmos, falta muita civilidade no dia a dia e, sobretudo, carecemos de exemplo dos adultos. Estamos nos agredindo por aí naquilo que deveria ser um espetáculo de democracia.³ Mas o fato é que as crianças e os adolescentes praticam o conceito de cidadania e civilidade do qual se apropriaram pela observação do mundo adulto.¹

Pais estejam atentos, vocês são os exemplos para os filhos. Nós, os adultos, devemos emergencialmente adotar como meta a educação básica em casa, nas ruas, no trânsito, fazer valer a gentileza, boas maneiras na convivência social, o respeito pelo próximo, a cordialidade e civilidade. "(...) Disso depende a sobrevivência da vida social porque somos todos interdependentes.¹ Que cada um faça a sua parte... "Faça o bem, porque o mundo vai mal..."

Uma sociedade é o espelho dos seus cidadãos. Se eles não são civilizados, ela certamente será uma sociedade medíocre.²

Como disse sabiamente Mark Twain  "a gente não se liberta de um hábito, atirando-o pela janela. É preciso fazê-lo descer a escada, degrau por degrau". Isto vale para o trânsito, para as escadas da prepotência, para a bisbilhotice da vida alheia e ao desrespeito pelos direitos dos outros, para o preconceito e a discriminação, para as intolerâncias do dia a dia, para a falta de educação. É básico. É civilidade. 

Abraços,
Chris T.Millard

¹ Texto adaptado. Texto Original divulgado no Jornal Folha de São Paulo por ROSELY SAYÃO, psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (ed. Publifolha). Artigo "Falta de civilidade", editado no caderno Equilíbrio. São Paulo, quinta-feira, 09 de julho de 2009

²Baseado no texto do Blog http://cidadaoalerta.org.br

³Matéria veiculada no Bom dia Brasil por Alexandre Garcia Edição do dia 27/10/2010

Último parágrafo baseado no texto de João Soares Neto 20/05/2007
Blog http://www.cartamaior.com.br. Frase de Mark Twain pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens  (Florida, Missouri, 30 de novembro de 1835/ Connecticut, 21 de abril de 1910), foi um escritor e humorista norte-americano. É mais conhecido pelos romances The Adventures of Tom Sawyer (1876) e sua sequência Adventures of Huckleberry Finn (1885), este último frequentemente chamado de "O Maior Romance Americano".

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